quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Janeiro e seus poucos dias

Não me enfrente, sou um filho de Oxum.
Não pense que sairei derrotada. 
Talvez eu chore. Preciso escorrer o que me aflige. 
Água de rio não para....
É Oxum limpando meu caminho.

Eu não sou só vaidade, sou também a força de uma Yalodê.

E tenha certeza que Oxum arrasta, inunda, e não acolhe quem atinge os seus. 
E eu, sou e sempre serei a água que não para, o amor e morada de Oxum.


Ore Yeye ô minha vida 
(Texto: Rosana Pétala)

Esta semana termina extremamente forte e intensa. Avalanche. Luz.

Um dia bom. Outro não. Um dia bom e "ruim" ao mesmo tempo. Choro em silêncio. Sorrio minha gargalhada sincera.

Percebi que estou cansada de aceitar tudo calada. As pessoas se usam de suas vaidades, de suas honestidades para me desacreditar diante de mim mesma.

Sei que cada um tem um jeito de querer me ajudar, mas deixa eu te falar, tem jeitos que me fazem  achar que eu sou uma pessoa ruim. Mas eu sei que eu não sou.

E eu te respeito pelo que você é, pelo que me diz, mesmo que doa lá no fundo do meu coração.

E doí. Muito. Mas não precisa ficar triste comigo não. Pode seguir sendo quem é. Eu sigo sendo quem sou.

Tivemos alguns dias de intensa alegria pelo aniversário de minha irmã. Mas também de auto conhecimento. Mas ainda mais de conhecimento do outro. A gente se decepciona um pouco. Mas entende que cada um é o quê é e oferece o quê pode. Ajuda como pode.
O que me entristeceu mais foi perceber que as pessoas, não de um modo geral, eu espero, me enxergam como uma pessoa que não sabe nada da vida, que é retardada mental, inútil. Sei que são palavras fortes, mas é isso que percebi e foi muito doido entender que nada do que fiz até então teve respeito. É minha obrigação apenas. Reconhecimento pelos acertos não, mas pelos erros, aí sim, pagarei para sempre.
Mas é isso.
A gente desabafa. Não cito nomes. Rezo por eles no silêncio do meu mundo irregular.
Vai dar tudo certo.

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