Gostaria hoje, depois de um dia insano, me desculpar.
Mas o pedido de desculpas não é direcionado, ele é estendido à cada rapaz com quem me relacionei na vida, em termos amorosos.
Entendo como deve ter sido difícil se relacionar comigo.
Durante um tempo eu era arrogante, metida a inteligente e esperta. Com o tempo, passei a me vitimizar, me amargurar e reclamar.
Oscilei entre a euforia e o desespero, entre sorrisos e lágrimas. As vezes feliz da vida, as vezes inconstante.
A vida me tornou um ser um tanto quanto sem noção. Muitas perdas, muitos foras, e até hoje, eu não havia percebido quem realmente sou.
Um relacionamento nunca acaba só por causa de um, mas assumir meus defeitos, de verdade, sem me tornar um mar de lágrimas e desprezo próprio, foi duro. E eu só posso lamentar por não ter sido a mulher ideal para vocês. Lamento por cada crise de ciúme, de choro fora de órbita, de lamúrias em meio à flores. A dores onde não deveriam existir, à crises onde deveria haver alegria.
Lamento ter desrespeitado, ter traído e inventado. Ter forçado. Decepcionado.
Cada relacionamento me ensinou. Mas acho que hoje, essa data de hoje, me devolveu uma noção de que eu preciso me amar de fato. Ninguém precisa caber no meu mundo tão complexo, na minha caminhada que precisa de muito amor próprio para se desenvolver.
Sempre quis acertar no amor, encontrar uma pessoa como em contos de fadas falsificados, mas eu precisei perder muito, de mim e do outro, para finalmente me assumir em uma solidão necessária.
Em minhas conversas com Deus, pedi perdão por não ser sua melhor filha. E senti sua mão em meu coração me acalmando, de que eu sou uma boa filha, eu só preciso acreditar em mim, sem esperar que o outro acredite.
A cada homem, que tenha me feito bem ou mal, meu sincero perdão. A quem magoei com palavras e atitudes, com lágrimas peço perdão.
Amanhã será um novo dia e me livro hoje do dia 21 de abril que me fez retomar meu medo de morrer sozinha. Hoje, este medo foi embora. Porque quando a gente aprende a ser amiga e a esperar em Deus efetivamente, um arco iris aparece no fim da tempestade.
Algumas pessoas perderam a paciência, entendo. À quem ainda resta um pingo dela, aqui estou, livre de pressão.
Espero em Deus que em algum lugar deste mundo, exista um chinelo velho para meu pé cansado, mas ok, não precisa ser efetivamente velho. Se ele por acaso não existir, está tudo bem. Eu sou feliz exatamente assim.
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