segunda-feira, 1 de junho de 2015

Angústia

Acordei com àquela minha sensação diária e básica de que algo não vai bem. E não vai mesmo. E não é apenas reclamação de quem acha que reclama demais. É uma constatação. 
E esse sofrimento é horrível. Um câncer que não cura. Uma gripe reumática. Cabelos que caem. Corpo que vaga. Alma que corta seus pulsos e desamarra a dor, amarrando-a pelos ares que me corroem as entranhas. 
Vontade de dizer mil verdades à 350.000 pessoas espalhadas pelo meu mundo, pelo seu mundo, por este mundo que cobra e descobre e é inatingível. Ok.
Não há perfeição. Mas também estou de saco quase lotado de chatices pessoais e internas. #chateada com o meu silêncio, o meu lado boneca barbie, quando na verdade eu sou um touro indomável, cheio de saliva venenosa e alma de bruxa. Não do 71, ressalto. 
Sei que a solidão é meu futuro. Sei que sou o que tenho que ser e mesmo mudando continuarei sendo eu. Acho que não quero mudar, precisando mudar, mas ah hoje estou com preguiça. Hoje nem um pudim me anima. Hoje nem um beijo sem língua me anima. Hoje só Deus e sua misericórdia e paciência infinita para me dizer se amanhã será um dia melhor que hoje. E ele está só na metade. 


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