Depois de uma quinta punk, uma sexta embriagada, um sábado ensolarado, um domingo de soninho e uma segunda de ralação, aqui estou novamente, sentada à frente do meu computador para falar sobre qualquer coisa.
É que eu não preciso de um tema, eu escrevo. Sei lá. Fico lendo o blog dos outros e me convenço de que também quero escrever. E que quero escrever cada dia mais. E melhor.
Mas eu vim dividir com vocês que sábado finalmente conheci a filha do meu sobrinho Bombeiro e gente: estou apaixonada!!! Ela é tão fofa. Amo bebês fofos. Vontade de colocar na bolsa e trazer para casa e devolver na hora da caca. Mas a verdade é que eu fiquei muito tempo com ela no colinho, ali sentindo seu cheirinho, tentando imaginar como ela será quando ficar maior. Será que vai curtir pagode como o pai, dançar como a mãe, cozinhar como a avó, sorrir como a bisa. Terá alguma coisa minha nela? Só sei que Deus caprichou. Ela é linda e será ainda mais. E terá um futuro maravilhoso.
E aí eu acabo tocando nesse assunto, agora de uma forma muito mais leve e madura: adoro os filhos dos outros e não espero ter um ou dois ou meio. E não me sinto amargurada, impotente e optar por não ter filhos não é e nem deve ser motivo de me colocarem em um fogueira da Inquisição. Não quero simplesmente porque não quero. E ponto. Mas eu gosto de criança. Até mais ou menos meus 24 anos eu não gostava não. Cheguei a ter algumas discussões com minha mãe sobre isso, mas com o tempo eu passei a ser tocada por elas. E o destino foi tão cruel que me fez trabalhar em uma loja de roupas infantis. Eu na verdade só gostava dos meus sobrinhos. Eram as únicas crianças, que mesmo chorando eu aguentava numa boa. A dos outros não. O que nos leva a refletir que eu não tenha um instinto maternal.
Tenho. E acho que a grande maioria das mulheres o tem, mas nem todas, por diferentes questões a desenvolvem como a sociedade espera. E estou neste grupo de pessoas que não sonham com nada relacionado ao Universo infantil, mas que gosta de cuidar de uma vez ou outra, de pegar no colo, colocar para arrotar. Trocar fralda é a parte mais tensa, mas faço se for preciso.
E na volta do assunto instinto maternal, com o tempo, talvez por escutar dos médicos que nem sabemos se posso ter filhos, eu desenvolvi essa habilidade em outros setores, daí eu canalizo as emoções e ajudo ao próximo. O que eu considero algo tão digno quanto ser mãe. E nem sempre eu assino cheques milionários e doo. Qualquer ajuda e entrega é uma maneira de demonstrar gratidão pela vida. E ser maternal.
Separada há pouco tempo, culpei muito isso de não poder X não querer ter um bebê e na minha opinião sincera, acredito muito que isso foi uma influência absurda. Mas eu tenho para comigo que ser mãe é um merecimento. E o fato de não merecer, não faz de mim uma pessoa má. Apenas tenho a certeza que a minha missão é outra. E a maturidade me levou a agradecer pelos meus sobrinhos, pelos filhos dos sobrinhos, pelos filhos dos amigos que me deixam babar e por aí vai.
Não sou egoísta, nem mau caráter. Apenas fiz a minha escolha. Obrigada pelo respeito e consideração.
Beijos e beijos!
Amiga, vou ousar discordar. Ser mãe não é merecimento. É, as vezes uma escolha, as vezes um risco e, em 100% das vezes, prática.
ResponderExcluirE gosto do fato de você ter escolhido conscientemente não ter filhos. Não é rebeldia. Não é impotência. É uma escolha linda. E responsável também.
Eu acho que vou acabar sendo mãe. E já vou avisando: quero você comigo do chá de fralda à formatura do moleque viu! rs
Amiga, disso você pode ter certeza. Se for viajar, deixa o baby comigo. Daí a gente vai sendo a tia legal. Adoro! Beijos!
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