Eu gosto do Natal. Talvez devesse gostar mais, pois em minha casa o Natal é algo muito importante para a família. Mamãe Linda, super se empolga, até porquê ela completa novos anos 3 dias depois.
Mas eu devo estar ficando velha, porque este ano eu estou bem desanimada. Acho que no frigir dos ovos, eu meio que estou cansada. O ano de 2012 foi ótimo (está sendo), mas algo me diz que ele não foi um ótimo ano para ser lembrado.
Daí que chegarei na ceia de Natal em silêncio. Primeiro por conta de uma rinite alérgica que veio para fechar o ano com chave de ouro. Depois porque este ano eu aprendi (de novo) que calar é muito interessante quando não se pode ou não se tem nada para falar. Assim, de certo modo, aproveito o silêncio para uma meditação mais séria sobre o que deu errado e o que pode enfim dar certo no próximo ano.
Mas voltando ao assunto natalino, o que me cansa mesmo são as compras. Comprar é algo que doi não só no bolso, doi na alma. Mas eu digo isso de comprar por obrigação. Eu gosto de comprar por necessidade ou por prazer. Necessidade, pois afinal de contas é preciso comer, ver TV, ir para o trabalho e tudo isso demanda gasto. E por prazer, pois não há nada melhor do que do nada você ver algo que parece com fulano e presenteá-lo (a) de forma aleatória. Isso sim me faz muito feliz. Gosto de dar presentes no aniversário também. E nem precisa ter festa. Adoro presentear do nada meus afilhados e afilhadas, minha sobrinha Ratattoulie e meu marido. Gosto de ver algo do nada e comprar e guardar, pois eu acredito que em algum momento àquele mimo poderá ser dado à alguém.
Esse tipo de presenteação me alegra. Porque eu gosto de ir ao shopping, feira, ou sei lá mais o quê, sem a obrigação. Quando eu sou obrigada, ah eu sempre me perco.
Este ano eu participei de amigo da onça. Achei bem legal, pois é bom comprar algo que você ache fofo sem se preocupar de fato com o que a outra pessoa pediu. Decidi este ano, tanto em minha família quanto na do Marido, fazer alguma brincadeira e presentear o ganhador ou ganhadora da tal brincadeira. Mandei fazer mimos pequeninos e no meio deste mimo haverá alguma peça em que o felizardo ou felizarda ganhará algo. Acho bem justo. Se eu for presentear a família inteirinha eu morro pobre. Família grande, mundo caro, e paciência zero para filas e gente mau educada.
Concluo que não podemos olhar para a noite (ou seria o dia?) de Natal como a noite ou o dia dos presentes ou da comilança. Independente de você acreditar ou não na magia do Natal, acredite antes de tudo na sua conexão com seus familiares e amigos. Antes de sair gastando porque precisa dar presente, pense que você teve ou terá todo um ano para fazer outras pessoas felizes. Não acumule amor, distribua e daí quando chegar o Natal, você estará mais leve.
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