quinta-feira, 4 de junho de 2009

A amizade hoje. O amigo do passado!

Hoje almoçei com uma amigona..........Gente é bom de mais ter amigos especiais, que te colocam para cima, ou que puxam a orelha na hora certa.
Com o tempo a gente vai aprendendo a reconhecê-los e a cuidar para que a amizade não seja um fogo de palha, mas sim a presença de Deus em nossas vidas.
Eu fiquei feliz e são esses eventos que enchem meu coraçãozinho de muitas alegrias.

Tive um sonho com a Rússia. Acho que comemorar 10 anos da vinda ao Brasil, me deram momentos demasiadamente nostálgicos. Estava vendo umas fotos antigas e perceber que o tempo passou depressa demais até me assutou. Derramei algumas lágrimas, lembrando de meus amigos, de pessoas que participaram ativamente nos 4 anos.
Lembrei de um em especial. O Padre Miguel.........Uma figura maravilhosa que eu sinto imensa falta. Ele me ouviu tantas vezes, não só em confissão, mas em bate-papos bem animados, onde ele se divertia com meus sonhos mais malucos. Era engraçado, porque ele não tinha nem 40 anos, mas tinha cabelos brancos. Contava que sua mãe quase morreu, quando ele decidiu entrar para o Seminário. Ela não queria que ele fosse padre, por ele ser filho único. Espanhol decido que era, optou pela vida do celibato e da paciência com pessoas como eu. Comia horrores e era de uma opinião forte, quando ele queria algo pentelhava até conseguir. Quando ele ligava, meu pai comentava:"ponha pão na mesa, lá vem o Miguel". E ele aparecia com o seu sorrisão branco, branco como ele era, alto, formoso e dizia;"Tonita, (assim ele chamava mamãe), estou com fome, tem algo para comer?". E Quando ele via a mesa farta, era a nossa alegria ver que aquilo era um momento sublime.
Uma noite, Miguel nos liga, dizendo que uma mãe havia deixado seu bebê em sua casa. Estudante, o pai não assumira a criança e ela foi embora deixando-o para trás. Miguel, lembrou que minha mãe já tinha me adotado e perguntou se ela não o queria. Assim, sendo, Juan Pablo ficou 6 meses lá em casa, mas quis o destino que outra família o adotasse. Mas lembro bem, quando o padre ia lá em casa visitar a criança e via que ele estava feliz. Os pais que ficaram com ele, precisavam mais que a gente disso, a esposa não poderia ter filhos. Mas foram meses tão especiais. Ainda lembro do chorinho dele, do cheirinho. Ele foi amado por nós.
Tenho certeza que a onde Miguel estiver, ele lembra disso e lembra da gente. Assim como guardo em meu coração a lembrança daquela figura maravilhosa que como tantas outras fizeram de meus anos em Moscou, anos perfeitos!

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