Por acaso o ano de 2008 realmente acabou?.
Sinto que tudo continua exatamente a mesma coisa. Tudo igual ao ano passado.
Doce ilusão essa de que ano novo é vida nova.
Tudo comtinua sombrio, apagado. Procuro o sabor do novo ano, amargo, insano.
A luta, a rotina, as dores e desamores.
A perda, o encontro, o reencontro, a coroa de espinhos.
O chá esfria, como panetones do natal passado. Arrumo a casa, tiro o lixo, jogo fora o velho, tento, reinvento, passo roupas, lavo banheiros.
A alma passada permanece. As dúvidas, a angústia.
Amizades perdidas, falta dinheiro, falta amor, falta tudo.
A guerra do outro lado do mundo, me entristece, me faz chorar. Crianças perdidas, pessoas perdidas, solitárias. Pessoas que me ignoram, que me entristecem, que me machucam. Pessoas que me fazem rir, que me fazem dançar.
Misturas, miscelâncias, marcapasso instalado em meu coração. Sinto falta de ar!
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