O dia de trabalho está quase terminando e sinto uma leve sensação de dever cumprido. Estou na verdade começando a entender como é a vida de um diplomata em missão e percebo que de fato não é algo tão simples.
Desde que cheguei eu pensei uma coisa interessante: muitas vezes pessoas que procuram a Embaixada em qualquer país, reclamam caso não seja atendido. Mas ninguém sabe o que acontece por trás dos bastidores. Pode ser o país que for, que a demanda é gigante e logo o ser humano sendo imediatista, ele se esquece que quem movimenta a Embaixada são pessoas igualmente humanas tendo que resolver muitas vezes coisas sem solução.
Acho que aprenderei mais da vida diplomática do que propriamente sobre vida de uma secretária, mas como é uma profissão que me chama à atenção, quem sabe a vida não muda seu rumo e eu passe a representar meu país lá fora.
Lembro que na Rússia, eram as mulheres quem dominavam a Embaixada e obviamente existia o preconceito em relação à isso. Elas eram chamadas de lésbicas, de esquisitas e um monte de outras coisas. Se levavam o marido, o cara era gigolô, se tinham filhos era para disfarçar. E aprendi que a vida de uma mulher longe de casa não sendo dona- de- casa é muitas vezes motivo de alto grau de preconceito.
Durante um tempo eu sonhei em ser diplomata e ainda penso muito nisso, mas aí lembro do que ouvi enquanto morava em Moscou e desanimo um pouco. Só que eu tenho tanta vontade de me mudar de país e de vida que eu acredito que valha a pena lutar por mais esse objetivo.
Porque sonhar e vencer são as melhores coisas em uma vida!
Sonhem alto......Jamais construa um sonho baseado em pequenos grãos. Pode parecer arrogante, mas é preciso sonhar, na plenitude de seu significado!
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