Ouvi repetidas vezes ao longo da vida que eu nunca deveria decepcionar. Que eu não deveria envenrgonhar. Que eu não deveria deixar que as coisas do mundo me corrompessem, que eu não deveria confiar em ninguém, nem muito menos acreditar na amizade alheia.
E cresci ouvindo isso e hoje eu analizo se de fato eu decepcionei; se eu deixei me corromper pelas coisas do mundo; mundo que me deu a vida e que me fez chegar a onde estou e que me dá mais possibilidades de crescimento.
E me questiono na calada da noite, que tipo de ser humano eu sou. Na fraqueza de sentimentos que se perdem e se encontram e se entrelaçam em um percursso curvado e paralizado pelo sentimento de falsa entrega.
Habitualmente me deixo corromper?. Sou influenciada afinal por qual tipo de pessoas e costumes?.
Deus estará me guiando?. Ou eu procuro meu próprio caminho, sem brilho, com um luar singelo, fumaças ao longe, de fogos e queimadas de plantas e matança de almas.
As unhas que eu comi; as festas e pilequinhos camuflam minhas emoções abstratas, resenhadas em fatos que nunca foram perfeitos.
Amigos que me deram a mão, e que me colocaram em algum determinante travesseiro, para que eu chorasse aquelas lágrimas até então guardadas em porta-jóias de ouro e brilhante, roubado enquanto eu acreditava que ser criança era fatalmente o meu único destino.
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