Passamos um perrengue este sábado durante a finalização da prova do DELE. Voltavámos do almoço e nos preparavámos para a segunda fase de provas orais. Cerca de 30 pessoas fariam a prova e eu já estava posionada à espera da minha leva de candidatos, quando começou uma daquelas típicas chuva de verão de Brasília. Até aí tudo bem, já estamos acostumados com cenas desse tipo.
Começou então chover granizo e o toldo da entrada principal foi perfurado em vários locais. Eu comecei a me apavorar quando alguém falou que o banheiro dos professores e a sala deles estava inundada. De repente ouço um barulho vindo do banheiro do Diretor e quando abro a porta vejo uma cachoeira saindo da lâmpada. Daí o que lhes conto é que o Instituto alagou. E eu só pensava em não deixar água entrar na sala de meu chefe, porque os móveis dele estão cheirando a novo. Não teve outra, teto dos banheiros caiu, parte do teto do corredor, árvores, telhas.
Me deu uma vontade enrome de chorar, afinal é meu local de trabalho, é aqui que fico de 08 a 10 horas por dia. E me deu mais vontade de chorar por saber que por sorte o que nós passamos neste dia não foi nada comparado às inumeras enchentes distribuídas ao redor do mundo, onde milhares de famílias ficam desabrigadas, sem o que comer e beber por dias a finco.
O que nós passamos sábado serve como aprendizado, amadurecimento e principalmente gratidão pela vida, porque sabemos que poderia ter sido pior. Por sorte tudo poderá ser recolocado em seus devidos lugares e o trabalho continua.
A única coisa que me incomoda ao certo é que acabei colocando muita força usando o rodo para não deixar a sala inundar, e o resultado é que meu braço está definitivamente muito dolorido.
Faz parte né?
Um mega beijo!
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