Estive pensando se eu gostasse mesmo de carnaval, qual seria o meu destino afinal?
Provavelmente eu iria ver Ivete, não naquela pipoca, na muvuca do calor humano. Eu iria de camarote, com toda mordomia que eu sei que eu mereço. Pularia e cantaria, "Vai buscar Dalila", beberia champagne, e comeria muito.
Não digo que na falta de tudo isso, o meu carnaval foi ruim.
Pelo contrário, foram dias, conclusivos e acima de tudo reveladores e decisivos.
Acho que realmente esta etapa pelo qual estou literalmente passando, é de mudança radical e de introspectividade. Meu casúlo, preparado há algum tempo, decorado com as mais finas flores, poderá servir de refúgio por vários meses, anos, séculos.
Agradeço pelas fábulas do carnaval, pelas revelações administradas sem muita emoção. Emoções guardadas, camufladas, e até jogadas fora na virada da curva da estrada das Sete Curvas, de uma cidade sem flanelinhas, mas coberta de um enxofre, guardada pelo arco-íris da ilusão de um baile que nunca aconteceu.
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