Há exatos 20 anos eu tive minha primeira oportunidade de trabalhar com carteira assinada. E essa lembrança me emocionou profundamente. Porque há 20 anos, eu tinha 20 anos. E quem era eu nessa época?
Ter 20 anos não foi legal para mim. Começou mal quando eu ainda tinha 19 anos, 2 meses antes, no primeiro dia do ano. 2004 foi muito estranho e acho que muito mais por, finalmente, começar a ter responsabilidade de gente adulta.
E a verdade é que ninguém me preparou para a vida adulta prática. Pagar conta, trabalhar, estudar, ter vida social. Não veio no combo. Então que ali, nesta fase, eu torrei muita grana e eu nem ganhava muito. E me relacionei com algumas pessoas que já me frustravam e me frustraram.
Mas eu até que fui relativamente feliz. Sinto no meu coração. Eu ainda não me abalava por tudo. Ainda levava pouca coisa à sério. Ainda me apaixonava. Ainda confiava no tempo. E sonhava com um futuro próspero. E ainda queria ser Jornalista.
Ter 20 anos foi o começo. De quem eu poderia me tornar, 20 anos depois. E que não me tornei.
Agradeço. Não só por ter vivido momentos incríveis na loja onde eu trabalhei. Mas também porque, no ano seguinte, em janeiro, ali no finzinho dos tais 20 anos, pude viver um episódio que mudou tudo em minha vida: para o bem e para o mal.
E nem por isso, ainda assim, eu desisti.
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