Calheiros deve renunciar à presidência do Senado
presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tomou ontem a decisão política de renunciar ao cargo. Acuado por quatro processos por suposta quebra de decoro, Calheiros disse a aliados que, ao abrir mão da presidência, terá mais chances de preservar o mandato e, conseqüentemente, os direitos políticos. Até o início da noite de ontem, o senador não havia escolhido a data para o anúncio. Mas, ao lado de sua mulher, Verônica, deu início às formalidades necessárias para deixar a residência oficial da presidência do Senado, onde morava desde que foi eleito, como, por exemplo, a vistoria dos bens da casa. A troca de moradores só é autorizada a partir da inspeção. A idéia de Calheiros é seguir, ainda esta semana, para o apartamento funcional da família, localizado na Asa Sul.
Em conversas com interlocutores nos últimos dias, Calheiros considerou que sua situação política deteriorou-se consideravelmente de quinta-feira para cá. Um dos sinais do enfraquecimento, avaliou, foi a abertura das negociações para a sua sucessão e a possibilidade de instauração do quinto processo contra ele, confirmada ontem, sem que ninguém, nem mesmo os governistas, se insurgissem contra.
Mesmo Calheiros não tendo deixado definitivamente o cargo, por exemplo, o presidente em exercício da Casa, Tião Viana (PT-AC), tenta se cacifar a fim de permanecer na cadeira mais importante do Legislativo. Ontem, no primeiro dia à frente do Senado, o petista tratou de ocupar o espaço do colega. Mapeou os cargos à disposição da presidência da Casa e dispensou os assessores de confiança de Calheiros, que na quinta-feira informou por meio de comunicado que decidira licenciar-se por 45 dias. No gabinete da presidência da Casa o cenário ontem era de terra arrasada.
Enquanto o requerimento com o pedido de afastamento protocolado por Renan era lido no plenário por Tião Viana, integrantes da tropa de choque do peemedebista negavam os rumores de que o colega renunciaria à presidência.
"Conversei com o Renan há pouco. Ele não vai sair agora, mas não se descarta renúncia ao cargo no futuro dependendo da evolução do cenário político", revelou o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), fiel aliado do presidente licenciado do Congresso.
O PMDB tenta evitar que o debate sobre a sucessão ganhe corpo.
"Ninguém tem o direito de discutir isso, pois o cargo não está vago", ressaltou o líder do partido, Valdir Raupp (PMDB-RO). "É antiético."
A oposição reconhece que o PMDB, por deter a maior bancada, tem o direito a indicar o nome do eventual sucessor de Calheiros. Exige, no entanto, que seja um senador com bom trânsito no governo e na oposição. O grupo de senadores que defende o presidente licenciado esperava que o governo tentasse apressar a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o Orçamento do ano que vem. Mas não recebeu nenhuma indicação nesse sentido. Acreditava que, assim, as votações em Plenário das representações por suposta quebra de decoro enfrentadas por Calheiros seriam adiadas. Dessa forma, o parlamentar, que foi absolvido no mês passado da acusação de receber ajuda de um lobista para pagar contas pessoais, teria mais tempo para convencer os demais senadores que não haveria provas para cassá-lo.
JB Online
Mesmo Calheiros não tendo deixado definitivamente o cargo, por exemplo, o presidente em exercício da Casa, Tião Viana (PT-AC), tenta se cacifar a fim de permanecer na cadeira mais importante do Legislativo. Ontem, no primeiro dia à frente do Senado, o petista tratou de ocupar o espaço do colega. Mapeou os cargos à disposição da presidência da Casa e dispensou os assessores de confiança de Calheiros, que na quinta-feira informou por meio de comunicado que decidira licenciar-se por 45 dias. No gabinete da presidência da Casa o cenário ontem era de terra arrasada.
Enquanto o requerimento com o pedido de afastamento protocolado por Renan era lido no plenário por Tião Viana, integrantes da tropa de choque do peemedebista negavam os rumores de que o colega renunciaria à presidência.
"Conversei com o Renan há pouco. Ele não vai sair agora, mas não se descarta renúncia ao cargo no futuro dependendo da evolução do cenário político", revelou o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), fiel aliado do presidente licenciado do Congresso.
O PMDB tenta evitar que o debate sobre a sucessão ganhe corpo.
"Ninguém tem o direito de discutir isso, pois o cargo não está vago", ressaltou o líder do partido, Valdir Raupp (PMDB-RO). "É antiético."
A oposição reconhece que o PMDB, por deter a maior bancada, tem o direito a indicar o nome do eventual sucessor de Calheiros. Exige, no entanto, que seja um senador com bom trânsito no governo e na oposição. O grupo de senadores que defende o presidente licenciado esperava que o governo tentasse apressar a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o Orçamento do ano que vem. Mas não recebeu nenhuma indicação nesse sentido. Acreditava que, assim, as votações em Plenário das representações por suposta quebra de decoro enfrentadas por Calheiros seriam adiadas. Dessa forma, o parlamentar, que foi absolvido no mês passado da acusação de receber ajuda de um lobista para pagar contas pessoais, teria mais tempo para convencer os demais senadores que não haveria provas para cassá-lo.
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