quinta-feira, 19 de março de 2009

Silêncio.
Apago as luzes. Coloco uma música. Escolho a vida. A noite, o sono absoluto.
Declaro meu amor, minha carícia mais perfeita. Estalo os dedos. O café.
O dia, caminha em velocidade número 01. Não há pressa. Não há vontade de permanecer em mistérios. Me declaro, me empenho em ser linda, inteligente. Assim, o sou. Assim o serei.
No ônibus, escuto duas meninas e suas amenidades. Saudades de minha infância perfeita. Dos papos jogados ao vento. As brincadeiras inocentes e inofencivas. Correr pela rua, jogar bete, comer algodão doce. Mimos de mãe, mimar sobrinhos, escrever minhas histórias sem pretensão de vida futura.
A Adolescência?. Ah, que linda foi. Tudo era tão maravilhoso e eterno. Rock, poesias, coca-cola, paqueras fundamentadas em sorrisinhos e bilhetes apaixonados. Rumos tomados. Destinos traçados pelo vento divino. Cada um tomou seu táxi e foi. Foi para sua tentativa de viver com cada sonho seu. Idealizações de uma criança linda, de sorrisos, cabelos negros, sem receio de se jogar, de se tumultuar e desafazer os nós.
A vida, nem o contrário dela, serão capazes de matar em mim, a vontade e a sede de brilhar, na medida de minha humildade, de minha carência, de minha mais perfeita afetividade.

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