sexta-feira, 18 de outubro de 2024

80 anos

Meu pai completou 80 anos e eu estou achando tudo muito louco!!!!

É muito interessante acompanhar o envelhecimento dos pais sabe?

E muito gratificante também. 

Meu pai realmente tem 80 anos. Ele não faz questão alguma de parecer mais jovem. E também não tem lá muitas manias de velho. Até tem, mas ele não faz questão também de ser tratado como se tivesse 80 anos.

Esta mistura de ser velho e não ser, traz um conforto para nós, filhos, que estamos ali engajados para que tanto ele, quanto mamãe, tenham qualidade de vida, principalmente mental.

E enquanto ajudava na organização da festa que ele tanto queria, um filme passou pela minha cabeça.

Estou na família há 37 anos, ou seja, papai tinha até bigode preto ainda. Era mais magro, mais enérgico e com muito menos paciência.

Acompanhá-lo nestes 37 anos tem sido um aprendizado. Pois papai é de poucas palavras, muito mais de ação e desta forma as coisas acontecem sem alarde, tanto na rotina dele, quanto na nossa.

Tenho várias lembranças muito boas dele, em minha infância, embora sempre um pai mais contido. Hoje, a gente demonstra muito mais afeto do que há 15 anos. 

O tempo o melhorou, claro, porque ele é muito mais presente, vez ou outra se abre mais e é possível entendê-lo de forma mais clara. 

Agradeço muito a Deus por poder ser sua filha. Por poder ter aprendido com ele o valor do comprar à vista porque o que não pode ser comprado à vista não é necessário. Aprender a economizar luz, água e tantas outras coisas. A economizar palavras, principalmente. 

Graças a papai, seu trabalho e sua bondade, conheci Moscou. Aliás, foi em Moscou que eu entendi muito da personalidade forte e marcante deste homem admirável que eu peço a Deus que conserve em saúde e sossego. 


Que xou da Xuxa é esse?

Apesar do meme estar esfriando, finalmente, estou há dias lembrando de algo muito importante de minha infância feliz: o dia em que fui ao Show da Xuxa em Buenos Aires, há zilhões de anos luz. 

Não me lembro de muita coisa, apesar de ser a pessoa que mais lembra coisas do passado, mas me lembro de vários detalhes muito significativos:

1) Lembro da fila para entrar no estúdio.

2) Eu começara a usar óculos e naquela época eles eram muito frágeis, então que a recomendação oficial de mamãe era que eu não poderia quebrar mais um, já que 2 já tinham sido destruídos: um meu pai sentou em cima e o outro eu deixei em algum lugar aleatório. Decidi deixá-lo com a mãe de uma colega que estava responsável pela gente.

3) Mamãe não quis ir. Lembro que foi cansativo. Ficamos lá o dia inteiro na gravação do programa.

4) Participei de uma brincadeira, mas era de correr e eu odiei. E perdi, claro.

5) Em algum determinado ponto, subi a escada da nave e no cantinho esquerdo tinha uma porta. Eu ia entrando quando alguém muito simpático (a), sqn, mandou eu descer. Desci e até hoje me arrependo de ter ido devagar. Por que simplesmente não entrei com tudo?

6) Estava por ali por perto, Xuxa no centro, as Paquitas segurando a gente para não invadirmos e eu passo por baixo de uma mão e sim: ganhei um beijo da Xuxa.

7) Em casa, exausta e feliz, comentei com mamãe que não ia banhar porque a Xuxa tinha me dado um beijo. Bem, por pouco eu não ganho um beijo na outra bochecha com a sandália de Mainha.

Que eu fui uma criança feliz, sempre soube, mas este dia eu nunca esquecerei. E é uma alegria acompanhar a Xuxa até hoje e eu tenho absoluto fascínio pela maneira como ela construiu a carreira de sucesso dela. Uma mulher que inspira, com certeza. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

20 anos. 20 anos depois.

Há exatos 20 anos eu tive minha primeira oportunidade de trabalhar com carteira assinada. E essa lembrança me emocionou profundamente. Porque há 20 anos, eu tinha 20 anos. E quem era eu nessa época?

Ter 20 anos não foi legal para mim. Começou mal quando eu ainda tinha 19 anos, 2 meses antes, no primeiro dia do ano. 2004 foi muito estranho e acho que muito mais por, finalmente, começar a ter responsabilidade de gente adulta.

E a verdade é que ninguém me preparou para a vida adulta prática. Pagar conta, trabalhar, estudar, ter vida social. Não veio no combo. Então que ali, nesta fase, eu torrei muita grana e eu nem ganhava muito. E me relacionei com algumas pessoas que já me frustravam e me frustraram. 

Mas eu até que fui relativamente feliz. Sinto no meu coração. Eu ainda não me abalava por tudo. Ainda levava pouca coisa à sério. Ainda me apaixonava. Ainda confiava no tempo. E sonhava com um futuro próspero. E ainda queria ser Jornalista. 

Ter 20 anos foi o começo. De quem eu poderia me tornar, 20 anos depois. E que não me tornei.

Agradeço. Não só por ter vivido momentos incríveis na loja onde eu trabalhei. Mas também porque, no ano seguinte, em janeiro, ali no finzinho dos tais 20 anos, pude viver um episódio que mudou tudo em minha vida: para o bem e para o mal.

E nem por isso, ainda assim, eu desisti. 


quinta-feira, 28 de março de 2024

Enfim 40

Quis tanto que este dia chegasse. 28/03/2024 - 40 anos! Que gratidão sinto! 

Está na moda um programa chamado Que história é essa Porchat?, onde os famosos contam acontecimentos bizarros e engraçados que aconteceram em suas vidas. Anônimos também aparecem e eu sempre fico pensando qual das minhas histórias bizarras eu contaria, porque em 40 anos tanta coisa bizarra aconteceu:

- O dia que eu prendi meus 10 dedos em uma cadeira enquanto esperava ser atendida em uma consulta. O banco tinha uns furinhos que eu testei até encaixarem todos. Desastre total.

- Ou o dia que eu prendi minha perna em um banco em frente à Casa Rosada em Buenos Aires.

- Ou o dia que quase caí no mar em um desfiladeiro em Montevidéu.

- Ou o dia que comi um cacho de bananas e mamãe descobriu quando fui tomar uma vitamina de morango. 

- Ou o dia que me inscrevi para meu primeiro vestibular, descalça, porque minha sandália quebrou no caminho. 

- Ou quando eu fui fazer uma entrevista, chovia, e eu caí em um buraco. 

- Ou por fim, quando em meu segundo dia na Embaixada do Peru, eu tive um desarranjo intestinal indo para o trabalho...

Acho que temos uma história vencedora não é? 

O programa termina com o Porchat fazendo algumas perguntas inusitadas, que eu, sonhadora como sou, sempre me pego respondendo em casa. São as perguntas (com as minhas respostas, claro):

1) Qual a sua primeira lembrança? - Meu primeiro banho de chuveiro, com água quentinha, em minhas primeiras horas na casa da minha família. 

2) Qual a palavra da Língua Portuguesa você mais gosta? - Uma que eu uso bastante: "Surreal".

3) Uma viagem inesquecível? - Moscou, com certeza absoluta!. 

4) O que não pode faltar no céu? - Água (com gás de preferência).

5) Uma apelido? - Tenho vários, mas gosto quando me chamam de Karininha.

6) Brasileiro (a) que dá mais orgulho? - Sou muito fã de brasileiros anônimos, normais e comuns que batalham para o Brasil ser um país melhor.

7) Sobre o quê você gosta de conversar? - Casamento. 

8) Uma gafe? - Sou a rainha das gafes, mas com certeza beijar o irmão gêmeo do ficante.

9) Um livro? - Não consigo escolher.

10) O que tem que estar escrito em sua lápide? - Morreu sem ter inveja.

E assim, começo minha nova era! Uma nova idade, cheia de planos e vontade de acertar muito! 

Deus me abençoe com humildade, generosidade e respeito ao próximo.

E que com saúde eu vença! Alcance tudo que desejo e ajude ao máximo de pessoas possíveis. 

Obrigada gente! 



quarta-feira, 27 de março de 2024

Dos 21 aos 39

Hoje eu vou dar um salto dos 21 para os 39 porque amanhã é meu aniversário e eu não quero falar nada. Quero silêncio e paz. 

Esses anos foram ruins em sua grande parte. Faculdade, anorexia, estágios, ônibus, insônia... Até terminar a faculdade, esta era a minha rotina. 

Saí da faculdade. Saí de casa no mesmo mês. E foi ótimo. Necessário e me moldou muito em termos de organização financeira. Antes da faculdade eu passei um perrengue que me custou 8 mil reais. Aprendi na marra a colocar minha grana em ordem e ainda fazer render. 

Aos 26 me casei. Aos 30 me separei.

Tive brechó. Dei aula de russo, espanhol e inglês. Estudei francês. Virei Cerimonialista. 

Separei. Mudei de apartamento. A lista de amigos aumentou demais. Mas só conto nos dedos de 1 mão quem é amigo real. 

Namorei bastante caboclo por aí, mas nunca mais amei como amei meu ex-marido. Entre estes seres, um em específico me deixou numa merda e com tanto chifre que eu achei que nunca mais me levantaria. 

Veio a pandemia. Retomei os estudos do inglês e decidi que vou até o final. 

Meu último namoro foi em 2020. 

Comecei a terapia em seguida. 

Me assumi. 

Trabalho tanto, que tem dias que eu choro. Não de reclamação, mas de alegria. Eu agradeço demais porque meu trabalho é a coisa mais importante que eu tenho. Eu morro de medo de ser demitida. De ficar desempregada. De depender dos outros. 

Não tenho medo de ficar sozinha, porque eu demorei a entender que a pessoa mais importante do mundo, sou eu mesma.

Sou expressamente deprimida, cansada, reclamona, mas tenho muitas qualidades. Não sou bonita. Sou legal. 

Amo minha família que é minha fonte de amor há 37 anos. Mas parei de mencionar que sou adotada. 

Amo meus amigos, do passado, do presente e do futuro. 

Afinal, não quero viver muito, mas quero viver bem. 

Sem lágrimas, sem posição fetal de desespero e com muitos copos de cerveja... mesmo não tendo ressaca mas sim, sentimento de morte. 

Sou grata por cada ano, cada momento, mesmo os piores dos piores. Aqueles que me fizeram por um triz tirar a vida. 

Mas aqui estou.

40.

Amém. 



terça-feira, 26 de março de 2024

Dos 11 aos 20.

Falar de mim nesta fase é lembrar de Moscou imediatamente. 

Em junho ou julho de 1995, recebemos a notícia de que iríamos morar na Rússia. Não fazia ideia onde ficava e perguntei ao meu vizinho, que era professor na escola que eu estudava, que me disse que a gente ia morrer congelados. E claro que até o dia da viagem, eu só pensava nisso. 

A chegada foi tensa, e muito fria. Fazia 0 grau. Antes da aterrissagem, o trem de pouso não abaixava, então que nossas primeiras horas foram sem entender nada, porque o voo era em alemão e russo e a gente ficava perguntando para nossos amigos o que estava acontecendo e eles só diziam que estava tudo bem.

Essa lembrança me fez entender que seguimos nesta tensão durante os 4 anos seguintes. Foram anos bons, claro, mas desde o começo sofrido. 

Chegamos em uma segunda-feira e na outra eu já estava na escola sofrendo bullying, que eu tratei de resolver logo, dando um murro na cara de um colega e quase criando um incidente diplomático. 

Mas falar de Moscou merece um capítulo a parte. 

Voltando de Moscou eu tinha 15 anos e era uma adolescente rebelde, sem nenhum motivo, porque eu sempre tive de tudo, do bom e do melhor. Passava horas escrevendo em meu diário, ouvindo música e lendo. Continuava não sendo uma boa aluna, mas já demonstrava interesse em apresentação de trabalhos, o que sugeria que eu seria de fato uma boa jornalista. 

Passei minha adolescência inteira me preparando para a UNB. Nunca consegui passar. Era eliminada na redação. 

Comecei a trabalhar uma semana depois que completei 18 anos e fiz uma festa inesquecível, pelo bom e pelo ruim. O DJ da festa morreu em um acidente de carro 2 meses depois. 

Até os 20 anos fui expressamente namoradeira. Zero critério. Comigo não tinha isso de ser bonito. Eu não tinha muito com o que me basear, porque não fui uma adolescente de frequentar festinhas. Acho que fui em 3 festas oficialmente até os 20. E as vezes que tentei ir em alguma boate, em casa era um Deus nos acuda. 

Fui muito religiosa nesta fase. Fazia parte de encontros de jovens, ia a missa 2 vezes na semana mais aos domingos e todo meu núcleo era composto pelos jovens carolas. 

Destes anos de minha vida, só sinto falta mesmo dos 4 anos em Moscou. Tanto que todas as minhas boas lembranças são de ter conhecido um tantão de coisas legais: Praça Vermelha, Teatro Bolshoi, todos os museus de todos os escritores famosos russos. Lembro com carinho que de uma garota que não lia nem gibi da Turma da Mônica, passei a ler clássicos em russo como Ana Karenina e Guerra e Paz. 

Não fui uma adolescente feliz. Mas também não fui infeliz. Acho que apenas atravessei esta fase terrível sem me desesperar. Eu tinha para mim que a vida adulta seria maravilhosa. Mas a verdade é que dos pequenos traumas que eu ia guardando embaixo do tapete, surgiu uma mulher com sequelas que são trabalhadas até o dia de hoje. 

Mas eu agradeço muito cada dor, porque eles me fortaleceram para enfrentar os próximos 20 anos de minha vida. 



segunda-feira, 25 de março de 2024

De 0 a 10 anos

Semana do meu aniversário de 40 anos e claro, lá vou eu para as minhas reflexões básicas. 

Queria ter gravado em vídeo, porque é fato que ninguém lê este blog, mas é o que temos. 

E falar de mim até os 10 anos de idade é super feliz de ser contado. Porque assim, apesar dos pesares, eu consegui vir ao mundo. Sei pouco até o ano da minha adoção, só que eu não fui cuidada como um bebê merece ser cuidado.

Com a adoção, vieram as vacinas, uma boa alimentação e noites de sono reguladas. Porque eu já era uma criança agitada, inquieta, sofria de insônia crônica, era cheia de verme e tristeza. 

Fomos morar em Buenos Aires, em 1988 e foi incrível. Lembro várias coisas legais, e várias coisas tristes, como a morte de minha primeira sobrinha, aos 9 meses. 

Nunca fui de gostar de estudar, mas amava escrever, então que aprender a ler foi algo que me deixou muito animada. Eu dizia que seria jornalista. Apresentava jornais, entrevistava pessoas nas festas e lia revista Manchete, principalmente a parte de fofocas. 

Me tornei tia de 3 pequenas criaturas em 1991 e me dei conta de 2 coisas: as únicas crianças que eu amava eram Guilherme, Vinicius e Anne e que apesar deste amor, eu me senti muito largada de lado, até porque deixei de ser novidade e a única criança da casa. Não tive este sentimento com a Jessica. Acho que porque ela era bebê e eu já uma criança de 4 anos. 

Do nascimento das crianças, até os 10 anos, eu fui uma criança feliz, faladeira, péssima aluna, mas amante de brincar na rua. Me machuquei demais jogando futebol. Era briguenta e curiosa, então sempre me ferrava. Já levava jeito para assuntos domésticos e estava sempre sentada assistindo novela. Mamãe quando queria me punir por algo, era só me colocar de castigo sem assistir novela. Eu preferia apanhar. 

Por falar nisso, apanhei demais gente! Mas eu era terrível. E eu tinha uma tendência de criar histórias. Não tinha muitos amigos, mas os que eu tinha era tão terríveis quanto eu. 

No geral, foram 10 anos muito felizes. E quando eu lembro desta fase, lembro com carinho do dia da minha adoção, meu aniversário de 5 anos e o dia que conheci a Anne. 

E amanhã tem a Karla Karina de 11 aos 20 =) 



sexta-feira, 22 de março de 2024

O que eu aprendi da vida

Prestes a completar meus tão sonhados 40 anos, os dias são de reflexão. 

Claro que isso é algo que farei por pelo menos 40 anos mais, mas neste momento, em que vivi uma boa parte da vida que Deus tem para mim, eu aprendi que:

- Eu sou legal, mas é muito difícil conviver comigo. 

- Eu sou muito legal, mas feia.

- Eu sou muito melhor como amiga do que como namorada, esposa e afins.

- Eu sou preguiçosa, mas tenho muita força de vontade. 

- Eu não gosto de estudar, eu gosto de trabalhar.

- Eu não teria sido uma boa jornalista.

- Eu seria uma mãe horrível.

- Eu sou insistente.

- Eu sou muito bocuda. 

- Eu estou aprendendo a deixar de ser bocuda.

- Eu não gosto quando percebem a minha intensidade. 

- Eu tenho um puta medo de morrer. 

- Eu ter "saído do armário" mudou nada em minha vida, mas foi o certo. 

E a maior conclusão que eu vivencio é que eu não sou metade do que eu queria ter sido. Que eu tenho o que Deus acha que é o melhor para mim, mas não é de longe o que eu planejei. Me arrependo de tantas, mas tantas coisas. Eu vivo de um passado que me martiriza, embora já tenha deixado boa parte das dores para trás. A pandemia me curou de muita coisa, porque foi o período em que fui à psicóloga. 

O plano agora é seguir. Olhar menos para o passado. Ou tê-lo como ferramenta de melhoria. Ser melhor como filha, principalmente. Deixar de ser uma profissional medíocre. Me achar menos especial, alecrim dourado. 

Sair dessa minha bolha de que o mundo é injusto. Não sou especial, não tenho habilidades sobrenaturais ou uma missão de mudar o mundo. 

Só preciso aprender a ser uma mulher adulta de 40 anos. 

Ter fé. Trabalhar muito e ser grata por tudo e por tanto que eu recebi, as vezes sem merecer.

Que venham mais anos. Apesar do medo de morrer, acho que mais 40 é muito. 

Seja o que Deus quiser. 



quarta-feira, 20 de março de 2024

40 chegando

 




Faltando tão pouco para meus 40 anos...
Uma leve reflexão sobre me sentir completamente perdida, cansada, insegura e feliz.
Engraçado essa mistura de sentimentos.
Eu que sonhei tanto com este momento, me sinto na verdade muito para baixo. 
Eu tinha uma expectativa muito alta com a chegada do dia 28 de março de 2024.
Hoje, me sinto com uma enorme vontade de sequer sair do meu canto. 

Mas voltando à mensagem.
Juntando tudo que sinto, este é o meu maior sentimento: quem sou eu para julgar?
A idade vai ensinando que eu sou abaixo de qualquer pessoa, e isso é bom para entender minha pequenez. 
Tenho, de fato, uma jornada intensa de compreender quem sou, para onde vou e qual o meu papel neste mundo diariamente caótico e avassalador. 


terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

5 anos do Bolshoi Cerimonial

Sábado, 24 de fevereiro, o Bolshoi Cerimonial completou 5 anos de existência e comemorar foi preciso. 

Muito feliz em poder me dedicar, de corpo, alma e coração à realizar sonhos de pessoas que nunca vi. As vezes, após o evento, não vejo mais também, mas graças a Deus muito mais pessoas permanecem e isso é algo bom demais de ser vivido.

Agradeço demais a Deus por ter um dom que não seja reclamar ou esperar que as coisas caiam do céu. Ser Cerimonialista é trabalho diário, árduo, principalmente emocionalmente, dedicado e apaixonado. 

Desejo que o Bolshoi Cerimonial siga lutando pelo que acredita de forma honesta e cheio de fé. 

E que as pessoas que comigo trabalham, possam prosperar, não necessariamente com dinheiro, mas muito mais com amor. 

Segue abaixo o texto lido na festa: 

Não vou me prolongar contando a história toda novamente de como cheguei até aqui.

Nem vou citar muitos nomes porque, assim como na live, posso esquecer de mencionar alguém e parecer ingrata.

Nem falar muito para assim como na live nem chorar, nem falar besteira.

 Quero agradecer:

A Deus por me inspirar e me guiar no caminho do bem, mesmo sendo falha.

Meus pais por me ensinarem que é muito bom a gente ser bom.

Meus irmãos por me ensinarem a importância de saber entrar e sair nos lugares.

Cada pessoas que veio aqui hoje, podendo estar fazendo qualquer outra coisa, inclusive nada.

Cada apoio para que esta festa se concretizasse e tivesse uma decoração linda com comida boa e open bar, um bolo lindo, papelaria e foto. E o apoio para que eu pudesse me sentir linda, me deslocar e receber os convidados.

Cada pessoa que me ensinou, me ensina, me guia, me ouve, me aconselha, me incentiva, me critica também, faz parte, me dá oportunidade e mostra o caminho, 10 anos depois de tudo ter começado.

Cada casal, debutante, grávida, mãe e pai, famílias inteiras e amigos que me deram a oportunidade de tornar seus sonhos realidade. Por acreditarem na importância de um Cerimonial e acreditar no potencial do Bolshoi Cerimonial.

Cada pessoa que já trabalhou no Bolshoi Cerimonial.

Cada pessoa que indica o Bolshoi Cerimonial.

Cada parceiro de evento que indica o Bolshoi Cerimonial.

Cada Cerimonial que indica o Bolshoi Cerimonial.

E finalmente: a equipe do Bolshoi Cerimonial, que sim, estes sim, serão mencionados:

 Aline, Cris, Jéssica, Anne, Gabriel, Katia, Kelly, Luzia, Maria, Rafael, Tânia e Tayná.

Sozinha eu não conseguiria. Obrigada por serem Bolshoi Cerimonial!  Espero que continuem inspirados e tão felizes ao ponto de seguirmos firmes, apaixonados e com uma vontade enorme de mudar o mundo fazendo festa.

Que Deus nos abençoe.

Obrigada!

Acabei falando mais algumas coisas e citando 1 nome, mas tentei não demorar muito em delongas. 

Obrigada a cada um que segue comigo. Acredita em mim e nos dá a chance de cuidar e zelar por seus sonhos.

Por mais 5 anos! 

Pelo menos!

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

2023/2024

Passada a angústia das festividades de fim de ano, dando start no novo ano, finalmente o texto de retrospectiva/resoluções.

2023 foi um ano relativamente bom e melhor, claro, do que os últimos 2 anos. A pandemia ainda não é um passado distante, mas já é parte do passado. 

Foi um ano de poucos surtos, algumas crises de ansiedade, algumas noites sem dormir e muita preguiça, que é uma característica muito enraizada em meu pequeno corpo.

Trabalhei muito, muitos eventos do Bolshoi, muitos elogios ao nosso trabalho e alguns silêncios pós evento, que já não recebo como ingratidão. 

Aprendi a ouvir um pouco mais, embora tenha falado demais, tretado mediano e criado algumas inimizades. 

Minha paciência encurtou mais alguns centímetros e terminei o ano querendo sumir de uma boa parte das reponsabilidades, pessoas e lugares.

Tive um pequeno susto familiar, com papai doente, mas mamãe esteve firme, então, equilibrou. 

Algumas pessoas vieram, outras foram embora, outras nem tico nem teco, e outras mantiveram a amizade ali na frequência normal, nem muito, nem pouco. 

2023 veio e foi. Sem traumas, sem romance, sem brigas avassaladoras e sem ódio instalado. 

2024 veio. Como ele será? Quem sabe né? Só peço a Deus que seja com saúde. 

E menos preguiça de viver. Afinal, é o ano dos meus 40. 


terça-feira, 7 de novembro de 2023

Depois de 8 anos...

Mudei! 

Há pouco mais de 1 mês, decidi que iria mudar. 

Tentei uma manobra para deixar de pagar aluguel. Não deu certo. Me desesperei! Porque eu queria, à qualquer custo sair do apartamento em que morava há pouco mais de 8 anos. 

Pensei, repensei, fiz cálculos... E Deus me fez falar com uma pessoa que naquele dia estava desocupando uma casinha linda de fundo, com quarto, sala, cozinha, banheiro e uma área de serviço com um tanque grande e espaço até para um churrasquinho! 

E no dia 03/11/2023, me mudei com gato, armário de 60 anos, escrivaninha de mais 60 e muita vontade de ser feliz.

Claro que não cuspo no prato que comi, então que eu sou muito grata pelos anos vividos no apartamento do pai de uma grande amiga. 

Foram anos muito bons, com uma pandemia no meio e muitas crises de depressão e pânico. E teve também as lives, os romances e por fim, a solidão. 

Estou me adaptando. As gatas, em especial a Abigail, estão bem, mas estranhando bastante. Não me lembrava mais como era morar em uma casa, fresquinha, arejada e iluminada. 

E confio que serão anos bons também. Até porque a gente é quem torna o nosso ambiente bom né? Já arrumei tudo do meu jeito. Eliminei, antes de mudar, tudo o que eu não queria mais e o ar está mais leve, mais compacto e ao mesmo tempo, me sinto em uma mansão, tamanho espaço que ganhei. 

Que Deus me abençoe. E elimine as baratas (até fiz uma promessa para cada dia sem uma aparecer). 

Feliz 2024! 



terça-feira, 12 de setembro de 2023

60

E não é que hoje, meus pais celebram 60 anos de casamento? 

E eu estou numa nostalgia, numa emoção, numa choradeira da moléstia! 

Mas estou feliz!  

Feliz porque acompanho o casamento deles desde que me lembro, ou seja, tinha 3 anos. 

Comemoro oficialmente há 20, que foi quando fizemos um bolo surpresa para eles. 

Os 50 anos foram a festa! Não à toa, hoje tenho até uma empresa de casamentos.

Pausa nos comentários aleatórios. 

Vamos aos fatos: 

Parabéns Mainha e Pai! Não é fácil conviver 60 anos quase que diretinho né? Defeitos, frustrações, inseguranças, ciúmes... não há somente romance. Mas também não há só coisa ruim né? 

Tem os filhos. Tem as noras. Tem os netos. E agora um monte de bisnetos. Alguns amigos. Muitos amigos. 

Vocês inspiram. Não só pelo tempão juntos, mas porque durante todo este tempo, você não desistiram. Não jogaram a toalha. E acreditaram. 

Acho que não imaginavam chegar a 60 anos não é? 

Mas chegaram. Graças a Deus. Amém! 

E sigam. Juntos. Olho no futuro. Agradecimento ao passado. 

Coragem. 

Porque o amor, ele só sobrevive se 2 pessoas tiverem coragem. 

Obrigada por terem tido. 

Coragem.